Programas Setoriais de Qualidade: avanço rápido, união setorial e conscientização no varejo

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Os Programas Setoriais de Qualidade (PSQs) ganharam protagonismo nacional ao consolidar, em poucos meses, uma rede de cooperação entre indústria, varejo e entidades do setor de material de construção. A rápida adesão de novos segmentos, somada à criação de novas instâncias de coordenação dentro do Sistema Anamaco, abriu caminho para uma agenda robusta de conscientização e combate à comercialização de produtos não conformes, um desafio histórico do setor.

Programas Setoriais de Qualidade e a importância da integração com o varejo

Segundo Rodrigo Nandi, coordenador do Comitê e presidente da Fecomac-SC, o movimento ganhou ritmo poucas semanas após sua apresentação na Feicon 25.

“O crescimento e o interesse de novos PSQs foi muito rápido. Tínhamos apenas um na Feicon de 2025 e, na última reunião, já estávamos com dez programas integrados e muitos outros ainda querendo entrar no grupo.”

Com a atualização dos números, o panorama é ainda mais expressivo: o país tem hoje cerca de 20 PSQs estabelecidos, todos convidados a integrar o novo Grupo de Trabalho (GT) criado pela Anamaco para alinhamento, troca técnica e fortalecimento institucional.

Nandi reforça que, apesar da atuação técnica consistente dos PSQs, ainda existia um gargalo na comunicação com o varejo: “Os PSQs sempre tiveram a responsabilidade de mostrar seu trabalho, mas percebia que faltava um parceiro real para ajudar na divulgação e, principalmente, na conscientização sobre os riscos envolvidos na compra de produtos não conformes, tanto para os lojistas quanto para os consumidores.”

Nesse contexto, a força da capilaridade estadual e regional se torna decisiva: “A Anamaco, juntamente com as Fecomacs e Acomacs, é um braço essencial desse processo. Elas têm em suas bases o público mais estratégico: as lojas que distribuem a maior fatia do mercado de material de construção.”

Comitê e GT: duas frentes estruturantes para fortalecer a qualidade

A criação de duas instâncias – o Comitê dos PSQs e o Grupo de Trabalho (GT) – estabeleceu uma base sólida para ampliar o debate técnico e promover a articulação nacional entre os programas já estabelecidos. O CEO da Anamaco, Julio João Pereira, reforça o papel dessa estruturação:

“A Anamaco criou o Comitê e promoveu a criação também do GT, do grupo de trabalho, envolvendo todos os PSQs estabelecidos e aqueles que ainda não foram convidados e estão sendo convidados a integrar o grupo de trabalho.”

Julio também destaca a forte adesão e aceitação da proposta conduzida pela entidade, um marco evolutivo para o setor: “Ao longo de muitos anos, muito se falou dos Programas Setoriais de Qualidade, mas foi agora que encontramos um caminho realmente consistente: trabalhar a qualificação e a conscientização sobre a importância da comercialização de produtos certificados dentro das lojas de material de construção.”

Segundo o CEO, essa mudança representa uma profunda transformação na relação entre varejo, consumidor e qualidade: “Essa será uma virada de chave importante. O varejista é o grande responsável por orientar o consumidor, explicar o produto, especificar, divulgar as marcas e comunicar a qualidade. À medida que essa cultura se fortalece no balcão, todo o mercado evolui. Plantamos hoje uma semente que, lá na frente, vai resultar em uma conscientização nacional e o consumidor também aprenderá a buscar produtos com qualidade testada e certificada.”

Julio também destaca avanços concretos em andamento, incluindo a participação da GS1 Brasil, entidade responsável pela padronização e administração dos códigos de barras utilizados no comércio. Convidada a integrar o Grupo de Trabalho, a GS1 está desenvolvendo uma iniciativa que permitirá incluir, diretamente no código de barras, a informação do PSQ ao qual cada produto pertence. Essa integração traz mais rastreabilidade, transparência e segurança para toda a cadeia, facilitando a identificação de produtos certificados desde o ponto de venda.

“Nos próximos dias, teremos uma grande reunião com a associação dos fabricantes de telhas de PVC, onde será discutido um novo PSQ em desenvolvimento – mais um avanço importante. E a GS1, responsável pela gestão dos códigos de barras no país, está incorporando nessas identificações a informação do PSQ ao qual cada produto pertence. É muita coisa boa acontecendo, e tudo aponta para um futuro mais técnico, transparente e seguro para o setor.”

Conformidade em pauta: exemplos reais e impacto no dia a dia

De acordo com Rodrigo Nandi, o foco das ações é claro: “Nosso objetivo é não ter favorecimento de marca ou produto. A missão é levar às mais de 159 mil lojas informação técnica, qualidade e isonomia comercial.”

A consolidação do Comitê tem sido amplamente reconhecida: “A Anamaco foi muito referendada pela iniciativa de montar esse comitê. Em grande parte dos segmentos, a qualidade acaba ficando em segundo plano e tudo se resume a preço. E sabemos – no matcon e em outros setores – que quando há uma disparidade grande de valores, sempre existe algo ligado a peso, medidas ou qualidade que justifica essa diferença.”

Para demonstrar o impacto real dos produtos não conformes, o Comitê vem ampliando sua presença em eventos nacionais. Nandi destaca a apresentação feita na Bahia, durante o 32º Matercom, ao lado do engenheiro Anderson, do Sinaprocim.

“No 32º Matercom, na Bahia, apresentamos uma palestra mostrando patologias e vários vídeos de obras com desplacamentos e até acidentes com vítimas, divulgados pela imprensa. Esses casos mostram a gravidade dos problemas causados por produtos não conformes. E outros setores enfrentam desafios semelhantes, como o de fios e cabos elétricos – onde bitolas fora do padrão, baixa quantidade de cobre e alto índice de incêndios são temas recorrentes.”

Um movimento que cresce com base em dados, união e responsabilidade

A evolução dos Programas Setoriais de Qualidade, aliada à criação do Comitê e do GT, demonstra que o setor está mais atento, mais colaborativo e mais comprometido em entregar segurança, transparência e conformidade ao consumidor final.

Porque qualidade não é um diferencial. É um compromisso com o futuro do varejo e da construção.

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