GS1 Brasil ultrapassa 60 mil associadas e reforça parceria com a Anamaco e a UNECS

Anamaco Entrevista Presidente GS BLOG

A Anamaco integra a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), que atua como uma só voz na defesa dos interesses dos setores do comércio e de serviços no Brasil. Junto a outras sete entidades representativas, está a GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, que acaba de alcançar um marco histórico: 60 mil empresas associadas.

A conquista foi celebrada em um evento que reuniu lideranças de diversos segmentos econômicos. A Anamaco esteve presente, representada por seu diretor-geral, Julio João Pereira, reforçando a importância da parceria com a GS1 e o compromisso mútuo com a modernização do varejo nacional.

Para aprofundar essa discussão, convidamos o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira Júnior, para uma entrevista exclusiva. Ele falou sobre os avanços da automação e da padronização no varejo de material de construção, os benefícios para toda a cadeia e o papel estratégico da UNECS na articulação de políticas públicas.

A GS1 Brasil oferece padrões e serviços de dados que atendem mais de 40 setores da economia. Hoje, suas empresas associadas são responsáveis por 36% do PIB nacional e por 12% dos empregos formais no País. “Cada uma das mais de 60 mil empresas que estão conosco tomou uma decisão consciente de apostar na padronização como pilar de crescimento e de confiar na GS1 como parceira estratégica em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico”, afirmou João Carlos de Oliveira Júnior.

Padronização e automação no varejo de material de construção

De acordo com o presidente da GS1, para o varejo de material de construção, essa associação representa um avanço importante em confiabilidade, eficiência e conformidade técnica. “Trata-se de uma sinalização clara do compromisso com boas práticas comerciais e com a oferta de produtos qualificados, contribuindo para o fortalecimento do setor e o desenvolvimento socioeconômico do país”, disse.

O setor de material de construção é bastante diversificado e tem adotado cada vez mais soluções de automação e padronização. Na visão de João Carlos, são inúmeros os benefícios que a GS1 oferece a esse segmento. O primeiro grande benefício é a conformidade técnica dos materiais, aliada à padronização dos dados que circulam entre os elos da cadeia. O uso do padrão Global Trade Item Number (GTIN), representado pelo código de barras linear ou pelo QR Code padrão GS1, garante que cada produto seja identificado de forma única. Isso facilita a rastreabilidade e a consulta de informações detalhadas como peso, dimensões e normas técnicas aplicáveis.

A automação, por sua vez, promove eficiência operacional, reduz erros, agiliza processos e melhora o controle de estoque e de gôndolas. “Com dados estruturados e confiáveis, também se reduz significativamente o risco de fraudes e irregularidades na cadeia de suprimentos”, destaca. Outros ganhos envolvem a agilidade nos pedidos, expedições mais precisas, integração de sistemas e o fortalecimento da confiança entre indústria, distribuidores e varejistas, como os representados pela Anamaco.

UNECS e sua importância na defesa de pautas estratégicas do varejo

Na opinião do presidente da GS1 Brasil, o grupo da UNECS é extremamente relevante por sua ampla representatividade na defesa dos interesses do comércio e serviços, especialmente no Congresso Nacional, na Frente Parlamentar do Comércio e Serviços e em órgãos do Executivo. “Essa união de forças, por meio da UNECS, garante que pautas estratégicas do varejo brasileiro, como as defendidas pela Anamaco no setor de material de construção, estejam no radar das políticas públicas, contribuindo para um ambiente de negócios mais estável, moderno e competitivo”, acrescenta.

Trata-se de um exemplo de como o associativismo fortalece o diálogo entre o setor produtivo e o poder público, promovendo avanços coletivos em prol de um mercado mais eficiente e integrado.

Tendências em automação e rastreabilidade para o futuro do varejo

Com a evolução das tecnologias e o crescimento do e-commerce, questionamos quais tendências a GS1 enxerga como prioritárias para os próximos anos em termos de automação e rastreabilidade de produtos. “Hoje, os dados se tornam um ativo estratégico. A GS1 Brasil atua como base para a padronização de dados que impulsionam a transformação digital de diversos setores, incluindo o varejo de material de construção’’, respondeu o presidente.

Ele pontua que, por meio do Cadastro Nacional de Produtos e do GTIN, promove-se a identificação única e confiável de produtos, com informações interoperáveis em toda a cadeia. “A base de dados da GS1 Brasil é reconhecida por órgãos oficiais como uma fonte confiável para consulta e validação de informações, o que contribui para maior transparência, rastreabilidade e conformidade técnica”, afirma João Carlos. “Isso significa que construtoras, projetistas, varejistas, entidades públicas e privadas podem, ao consultar um produto via GTIN, verificar se ele está em conformidade com normas técnicas, conforme autodeclaração do fabricante registrada no Cadastro Nacional de Produtos”, destaca.

O presidente observa que esse processo facilita auditorias, fortalece a segurança nas obras e contribui para a digitalização das relações comerciais no varejo. “Trata-se de um facilitador para a modernização do setor, com benefícios que vão da prevenção de riscos à valorização de empresas comprometidas com a qualidade e a legalidade dos produtos que comercializam.”

Dados qualificados: a base para decisões mais seguras no varejo

João Carlos de Oliveira Júnior esclarece que uma boa prática que vale ser considerada é tratar os dados como um ativo valioso. “No caso dos lojistas, é importante incentivar de seus fornecedores que os produtos estejam com dados completos e qualificados no Cadastro Nacional de Produtos. Isso ajuda a garantir que os itens comercializados estejam em conformidade com as normas vigentes, protegendo não só o consumidor, mas também a reputação do próprio estabelecimento. Afinal, vender produtos confiáveis é uma forma de cuidar da segurança de todos e fortalecer a credibilidade do negócio”, disse.

Ele destaca que o mesmo vale para os fornecedores: o ideal é que também estimulem a indústria a seguir esse caminho. No setor de material de construção, por exemplo, a indústria já está se movimentando com o Programa Conformidade para Todos, que integra a Estratégia Nacional da Infraestrutura da Qualidade (ENIQ), liderada pelo Vice-Presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Com informações de conformidade sendo disponibilizadas, avançamos rumo a uma realidade em que os dados dos produtos servirão de base para:

  • facilitar a fiscalização do governo,
  • apoiar a atuação responsável da indústria e do comércio,
  • dar mais transparência para que o consumidor possa tomar decisões mais seguras e conscientes.

“É um ciclo positivo, que fortalece toda a cadeia e protege quem mais importa: as pessoas”, conclui.

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