Sucessão familiar: medos, caminhos e aprendizados

Anamaco Matcon em Ação Sucessão Familiar BLOG

A sucessão familiar é um dos maiores desafios das empresas brasileiras, sobretudo porque não se trata apenas de gestão, mas também de sentimentos, vínculos e histórias de vida. Muitas famílias adiam esse processo por medo de conflitos, pela dificuldade de abrir mão do comando ou pela ausência de planejamento estruturado. No entanto, quanto mais cedo o tema for enfrentado, mais chances as empresas terão de garantir sua continuidade, preservar o legado construído e manter sua relevância no mercado.

Na Madel Forros e Divisórias Ltda, tive o privilégio de iniciar a sucessão ao lado do meu pai e dos meus dois irmãos, ainda em vida, pouco antes da pandemia. Foi um movimento planejado, mas carregado de emoções e de aprendizados. Trabalhar em família exige resiliência, diálogo e humildade para compreender que a convivência diária traz tanto fortalezas quanto desafios. Nesse processo, percebi o quanto é importante contar com a orientação de conselheiros e de entidades que abordam o tema, ajudando a enxergar a sucessão não como uma ruptura, mas como um caminho de continuidade, renovação e evolução.

Nas ACOMACs, em que a grande maioria dos associados são empresas familiares, fica evidente a importância desse planejamento. A sucessão bem estruturada garante que o patrimônio de décadas não se perca em disputas internas e que a empresa se adapte às novas gerações, com gestão moderna e sustentável. Mais do que uma transferência de comando, é um convite ao diálogo entre tradição e inovação. Ao assumir essa responsabilidade, cada família não apenas preserva sua história, mas também abre espaço para um futuro mais sólido, inspirando outras empresas a seguirem pelo mesmo caminho.

É preciso reconhecer que não existem fórmulas prontas para uma sucessão de sucesso. Cada família tem suas particularidades, sua cultura e seus valores, e por isso a construção desse caminho deve respeitar as histórias de vida de cada um. No entanto, planejamento, governança e comunicação transparente são pilares indispensáveis para reduzir conflitos, alinhar expectativas e fortalecer a confiança mútua. Quando esses pontos são colocados em prática, a sucessão deixa de ser um peso e passa a ser um processo de amadurecimento coletivo.

Por fim, acredito que a sucessão familiar deve ser vista como uma oportunidade de crescimento para todos os envolvidos. É um convite para que novas lideranças floresçam, sem perder de vista a sabedoria das gerações anteriores. Aos que estão vivendo esse desafio, deixo uma mensagem de inspiração: encarem a sucessão com coragem, diálogo e amor pela história construída. O futuro das nossas empresas não está apenas em manter os negócios vivos, mas em garantir que eles continuem sendo fonte de orgulho, união e prosperidade para as próximas gerações.

Vanessa Bizotto.
Presidente Acomac Porto Alegre.
Sócia Diretora da Madel Forros e Divisórias Ltda.

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