O Termômetro do Varejo da Construção Civil, levantamento realizado pela Pesquisa Anamaco com o apoio da Juntos Somos Mais, revela que o varejo de material de construção apresentou desempenho moderado em fevereiro de 2025. A retração nas vendas foi percebida como parte do comportamento sazonal, mas lojistas mantinham projeções otimistas para os meses seguintes, com destaque para o desempenho das regiões Sul e Centro-Oeste.
“O mês de fevereiro refletiu um comportamento típico do varejo após o período de férias e reajustes. Ainda assim, observamos uma disposição positiva por parte dos lojistas, especialmente em regiões que vêm se destacando com iniciativas regionais de fomento ao setor”, destaca Katia Ratnieks, consultora do Instituto de Pesquisas Anamaco.
Desempenho regional do varejo de material de construção
O Termômetr,o levantado em fevereiro, aponta que 35% das lojas relataram a percepção de crescimento nas vendas, enquanto 18% apontaram queda, uma retração esperada para o período. O destaque foi a região Sul, que alcançou saldo positivo de 36 pontos percentuais entre crescimento e retração. O Centro-Oeste também obteve saldo expressivo, com 33 pontos. Em contraste, o Sudeste foi a única região a apresentar desempenho inferior ao de fevereiro de 2024.
Além disso, os dados de “sell in” — vendas da indústria para o varejo — também apontaram queda no período, acompanhando o ritmo mais lento observado nas lojas. O indicador de preços do setor registrou recuo de 0,7% em relação a janeiro de 2025, o que pode ter contribuído para a percepção de retração no faturamento.
Expectativas seguiram positivas, mesmo com desafios econômicos
Embora o desempenho de fevereiro tenha sido mais contido, as expectativas para os três meses seguintes eram otimistas: 39% dos lojistas acreditavam em crescimento nas vendas. Lojas com foco em materiais elétricos e para pintura demonstravam maior confiança, enquanto os segmentos de materiais hidráulicos se mostravam mais cautelosos.
Apesar de um cenário macroeconômico marcado pelo aumento do desemprego (6,8%) e maior número de famílias endividadas, o setor demonstrava resiliência. A aposta dos varejistas seguia firme em ações promocionais, participação em feiras e estreitamento de parcerias com fornecedores, fundamentais para sustentar a competitividade do varejo de material de construção em 2025.
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